A Câmara dos Deputados instalará na próxima terça-feira (6) a comissão especial que analisará a PEC 66/2023, proposta que trata do parcelamento da dívida previdenciária municipal e estabelece novos limites para pagamento de precatórios. A matéria, considerada prioritária pela União dos Municípios da Bahia (UPB), busca solucionar os bloqueios no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e a impossibilidade de firmar convênios. O presidente da UPB, Wilson Cardoso (PSB), que recentemente se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), destacou a urgência na aprovação da PEC e afirmou que os prefeitos devem mobilizar seus deputados para garantir a votação até a Marcha a Brasília, em 19 de maio.
A PEC, já aprovada em dois turnos no Senado, permite que as prefeituras parcelem dívidas previdenciárias em até 300 meses, limitando o comprometimento a 1% da Receita Corrente Líquida (RCL), além de estabelecer um novo regime para quitar precatórios atrasados. Caso sofra alterações na Câmara, a proposta precisará voltar ao Senado, o que atrasaria sua promulgação e prolongaria as dificuldades financeiras dos municípios. Por isso, as eventuais mudanças no texto devem ser avaliadas com cautela para evitar novos entraves no processo legislativo.
Siga nosso Canal no WhatsApp para mais notícias da Bahia do Brasil e do mundo
A comissão especial será presidida pelo deputado Romero Rodrigues (Pode-PB), tendo como relator o deputado Baleia Rossi (MDB-SP). A aprovação da PEC é vista como essencial para aliviar a pressão orçamentária das prefeituras, garantindo maior segurança financeira e capacidade de honrar obrigações judiciais e previdenciárias. Enquanto isso, gestores municipais seguem pressionando por uma tramitação ágil da matéria no Congresso.