Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, integra a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em missão oficial à China desde sábado (10). A viagem, que termina na quarta-feira (14), tem como foco fortalecer parcerias estratégicas e atrair investimentos em áreas como energia, saúde, defesa e infraestrutura. “O objetivo dessa visita é buscar sinergias e materializar o que foi acordado na visita do presidente Xi Jinping em novembro”, explicou o ministro nesta segunda-feira (12), em entrevista.
Durante a passagem por Pequim, o ministro acompanhou reuniões do presidente com empresas chinesas que anunciaram aportes significativos no Brasil. Um dos destaques foi o compromisso de US$ 1 bilhão para a produção de SAF (combustível sustentável de aviação) a partir da cana-de-açúcar. “O Brasil vai se tornar um dos maiores produtores de combustíveis verdes de aviação”, afirmou. Além disso, foram anunciados investimentos na indústria automotiva, com três fábricas chinesas em processo de implantação no país.
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Na área da saúde, protocolos estão sendo assinados para a instalação de centros de pesquisa e produção de medicamentos e vacinas com transferência de tecnologia para o Brasil. Já no setor de segurança, Rui Costa citou reuniões com a empresa Anorimpo, que estuda parcerias voltadas ao uso de tecnologias como reconhecimento facial e monitoramento. “O Brasil quer participar mais decisivamente na segurança pública e na defesa civil, por isso estamos em busca dessas colaborações”, disse.
O ministro também destacou avanços no campo da infraestrutura. Um fórum será criado para permitir que empresas estrangeiras acompanhem antecipadamente os projetos de leilões de portos, ferrovias e aeroportos previstos para 2025 e 2026. “Queremos ampliar a competitividade e evitar concentração excessiva de contratos nas mãos de poucas empresas”, declarou. Rui Costa ainda mencionou a intenção de fortalecer a cadeia de suprimentos e a formação de profissionais brasileiros por meio de cooperação técnica com instituições chinesas.
