O presidente de honra do MDB na Bahia, Lúcio Vieira Lima, comentou nesta segunda-feira (27) a movimentação política em torno da formação de uma possível chapa “puro-sangue” do PT na Bahia para as eleições de 2026.
A proposta incluiria o governador Jerônimo Rodrigues na tentativa de reeleição e os ex-governadores Rui Costa (atualmente ministro da Casa Civil) e Jaques Wagner (senador) disputando vagas no Senado, o que deixaria o também senador Ângelo Coronel (PSD) fora da composição.
Lúcio minimizou o cenário, classificando-o como especulativo, afirmando que ainda não há uma definição concreta da chapa. “O que existe são manifestações de desejo, não anúncio de chapa. Anúncio mesmo, só em 2026. Não faz sentido antecipar problemas futuros”, disse ele, em entrevista exclusiva ao Notícias da Bahia.
No entanto, para o emedebista, o PT não conseguirá impor uma chapa exclusivamente com seus quadros, já que será necessário diálogo com os partidos aliados. “Se tivesse certeza de que daria certo, Jerônimo já teria anunciado a chapa. Mas ele não anunciou. Ou seja, vai ter que conversar”, decretou.
Ainda conforme Lúcio, as negociações futuras também podem considerar formas de compensação política, inclusive com Rui permanecendo no ministério e sendo opção para o governo estadual após dois mandatos de Jerônimo.
“Compensações não precisam ser só com cargos na chapa. Rui pode continuar ministro e voltar ao governo depois. Ele é novo”, pontuou.
Partido não abre mão da vice em 2026
Da parte do MDB, Lúcio Vieira Lima destacou que a sigla já deixou claro que não abre mão da vice-governadoria, cargo atualmente ocupado por Geraldo Júnior. Ele ressaltou os direitos que tem direito do MDB e do PSD de manterem suas posições nas vagas majoritárias.
“Wagner tem direito à reeleição, [Angelo] Coronel também. O MDB quer manter a vice, e todos têm argumentos legítimos. Só Rui não tem mais reeleição”, alertou.