O deputado estadual Roberto Carlos (PV), presidente da Juazeirense, criticou, nesta terça-feira (20), o processo que levou à saída de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Para o parlamentar, a decisão foi marcada por perseguições e preconceito, especialmente por Rodrigues ser nordestino, baiano, negro e descendente de indígenas.
“Ednaldo foi eleito legitimamente pelos clubes da Série A, da Série B e pelas 27 federações estaduais. Desde o início de sua gestão, sofreu perseguições. Isso se deve à sua origem e identidade. O Nordeste perde muito com a sua saída”, afirmou o deputado.
Roberto Carlos questionou a motivação do afastamento, apontando que a alegação principal teria sido uma assinatura não reconhecida em um documento, o que ele considerou insuficiente para justificar uma destituição.
“O futebol brasileiro é muito maior do que uma assinatura ou uma passagem de hotel para um parente. A CBF é uma instituição rica, forte, e é lamentável que detalhes tão pequenos estejam sendo usados para derrubar um presidente legitimamente eleito”, disse.
O parlamentar também destacou o papel internacional do cargo e lamentou o que classificou como uma decisão política.
“O presidente da CBF entra em qualquer país do mundo. É um cargo de alta visibilidade. Ednaldo saiu não por vontade própria, mas como um herói que entendeu que não era mais desejado por setores da instituição”, comentou.
Roberto Carlos concluiu desejando estabilidade à próxima gestão da CBF e destacou a importância da reestruturação da seleção brasileira sob comando de Carlo Ancelotti, técnico anunciado recentemente.
“Esperamos que o próximo presidente tenha tranquilidade para governar e que o futebol brasileiro volte a viver seus momentos de glória”, finalizou o deputado Roberto Carlos.