Durante agenda em Salvador, o prefeito de Curaçá, Murilo Bonfim (PT), destacou a importância do apoio do Governo da Bahia e de deputados estaduais e federais no enfrentamento à seca que afeta o município e outras cidades do semiárido baiano. Em entrevista, o gestor detalhou as ações e equipamentos recebidos recentemente, que têm ajudado a mitigar os efeitos da estiagem prolongada.
“A situação da seca em Curaçá é crítica. Já são mais de 15 dias buscando apoio do Governo do Estado e também do Governo Federal. Estivemos em Brasília com o ministro pedindo reforço, e felizmente já começamos a receber ajuda”, afirmou o prefeito. Ele destacou que, por meio de emendas parlamentares e ação emergencial do governo estadual, o município recebeu uma retroescavadeira, um tanque-pipa com capacidade para 4 mil litros e R$ 100 mil para apoiar o abastecimento com carros-pipa.
Curaçá tem cerca de 36 mil habitantes, dos quais 60% vivem na zona rural, onde os efeitos da seca são ainda mais severos. “É uma região árida, não é apenas semiárida, e o momento é muito difícil. Já começamos a registrar perda de animais por falta de água e alimento”, lamentou o prefeito.
Além dos equipamentos, o município também foi incluído na distribuição emergencial de milho subsidiado, que será destinado à alimentação animal. “O milho está chegando e vai amenizar bastante. O PSOL está nos ajudando com o levantamento das famílias que poderão receber, pois há um protocolo a ser seguido para a distribuição”, explicou Murilo.
O prefeito reforçou que a ajuda, embora essencial, é emergencial. “A ideia é utilizar esses recursos imediatamente e, assim que eles forem utilizados, apresentar um novo plano de trabalho para garantir a continuidade do apoio. O Governo tem se mostrado disposto a ajudar, e seguiremos nesse diálogo permanente”, concluiu.
Curaçá integra um grupo de seis municípios baianos — incluindo Uauá, Abaré, Chorrochó, Macururé e Rodelas — que vêm enfrentando forte estiagem desde o início do ano. Apesar de algumas chuvas esparsas nas últimas semanas, a quantidade ainda não foi suficiente para garantir abastecimento adequado para consumo humano e animal em todas as comunidades da região.
