A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, na tarde desta terça-feira (3), a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A solicitação ocorre após a parlamentar deixar o Brasil poucos dias depois de ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão, por envolvimento na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Zambelli, uma das figuras da base bolsonarista, afirmou estar fora do país “há alguns dias” e justificou a viagem como uma busca por tratamento médico. Ela também anunciou que pedirá licença do mandato parlamentar para permanecer no exterior. Segundo informações, a deputada está nos Estados Unidos, mas pretende seguir para a Itália, onde possui cidadania italiana – o que pode impedir um processo de extradição.
“Tenho um passaporte italiano. Pode colocar a Interpol atrás de mim, eles não me tiram da Itália. Sou cidadã italiana e lá sou intocável, a não ser que a Justiça italiana me prenda”, declarou Zambelli à CNN Brasil.
A liberou negou que tenha fugido do país, e classificou a atitude como um “ato de resistência” diante do que considera abusos judiciais. Em 2023, ela chegou a ter o passaporte apreendido por ordem do STF, mas o documento foi posteriormente devolvido.
O pedido de prisão da PGR ainda será analisado pelo STF. Caso aceito, Zambelli poderá ter o mandato suspenso e ser considerada foragida da Justiça brasileira.