A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) anunciou nesta terça-feira (22) que vai pedir a revogação da medida do Supremo Tribunal Federal (STF) que impediu o uso de celulares no plenário da Primeira Turma durante o julgamento do núcleo 2 da trama golpista. Advogados e jornalistas foram surpreendidos com a proibição ao chegarem para acompanhar a sessão, sendo obrigados a deixar os aparelhos lacrados na portaria.
O presidente da OAB, Beto Simonetti, afirmou em nota que recebeu a medida com “surpresa e irresignação”. Ele disse que a entidade vai solicitar a revogação da regra diretamente ao ministro Cristiano Zanin, que preside a Primeira Turma. Para Simonetti, o uso de aparelhos para gravações em sessões públicas é garantido por lei e faz parte das prerrogativas da advocacia.
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A decisão do STF veio após episódios ocorridos no julgamento anterior, envolvendo o núcleo 1 da mesma investigação. Segundo a Corte, houve desrespeito à regra de não filmar dentro do plenário. Além disso, o réu Felipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, estava proibido por decisão judicial de ser gravado ou fotografado.
O núcleo 2 é composto por seis réus acusados de tentar manter o ex-presidente Bolsonaro no poder de forma ilegal em 2022.