Corruption

O papel das instituições supremas de auditoria e provedores de serviços profissionais no combate à corrupção

MUNDO

A corrupção representa uma das ameaças mais sérias ao desenvolvimento econômico, governança democrática e confiança pública nas instituições. Para resolver isso, os países devem desenvolver ecossistemas integrados de responsabilidade nos quais as instituições de auditoria supremas (SAIS) e os provedores de serviços profissionais (PSPs) tocam peças fundamentais. As SAIs fornecem supervisão fiscal e transparência nas finanças públicas, enquanto os PSPs-como advogados, contadores e provedores de serviços corporativos-podem facilitar atividades financeiras ou servir como guardiões dos esforços de anticorrupção. Esta peça explora esses papéis duplos usando as Maurícias como um estudo de caso e exige um alinhamento regulatório mais forte e capacidade institucional para reduzir a corrupção.

A importância estratégica de SAIS

Os SAIs são cruciais para defender a transparência e a integridade nas operações do governo. Suas auditorias expõem ineficiências, irregularidades e apropriações indevidas de recursos públicos. A Organização Internacional de Instituições de Auditoria Suprema afirma que o SAIS aprimora a governança, realizando auditorias independentes e promovendo a responsabilidade no setor público.

Muitos SAIS enfrentam desafios, especialmente em sistemas corruptos. Essas dificuldades incluem mandatos legais fracos, interferência política e escassez de recursos. A Convenção das Nações Unidas contra a corrupção incentiva os estados a capacitar SAIs com independência, acesso a informações e recursos adequados. Para ser eficaz, as instituições também devem coordenar-se com agências anticorrupção, aplicação da lei e sociedade civil, construindo canais formais para o acompanhamento dos resultados da auditoria.

Maurício e a FCC

As Maurícias há muito se comercializam como um centro financeiro, com regulamentos e vantagens tributárias favoráveis ​​a investidores. No entanto, essa abertura também expôs vulnerabilidades a fluxos financeiros ilícitos. Em 2019, a investigação das Maurícias do Maurício do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos revelou como as multinacionais usavam o país para mudar os lucros e reduzir o passivo fiscal em países africanos e asiáticos, geralmente usando empresas de concha e estruturas indicadas facilitadas pelos PSPs locais.

Em resposta, Maurício implementou uma série de reformas de lavagem de dinheiro e, em 2023, lançou a Comissão de Crimes Financeiros (FCC) para consolidar funções anticorrupção e de execução financeira. O mandato da FCC inclui recuperação de ativos, investigações de lavagem de dinheiro e coordenação com a unidade de inteligência financeira e outros órgãos regulatórios.

Em abril de 2025, a FCC enfatizou o significado desse fortalecimento institucional quando prendeu o ex-ministro das Finanças Renganaden Padayachy e o ex-governador do Banco Central Harveh Seegolam em conexão com um suposto peculato de 300 milhões de rupias mauritianas (mais de US $ 6,74 milhões) da Mauritius Investment Corporation-uma corporação de uma mauritiana para suportar a mauritiana (mais de US $ 6,74 milhões) da Mauritius Investment Corporation-uma corporação de uma mauritiana para suportar a mauritiana. As prisões, que vieram depois que o recém -eleito primeiro -ministro Navin Ramgoolam ordenou uma auditoria de finanças públicas, destacar a assertividade em evolução da FCC e seu potencial para aumentar a responsabilidade, especialmente quando as administrações anteriores são acusadas de manipular dados fiscais para ocultar dívidas e déficits públicos.

Percepção, informação e suporte para responsabilidade

Pesquisas recentes de Daron Acemoglu et al. Nas eleições turcas de 2023, revela que o apoio popular aos regimes autoritários pode ser impulsionado não por uma preferência genuína pelo autoritarismo, mas percepções errôneas sobre os benefícios da governança democrática e os custos da repressão. O estudo deles mostra que muitos cidadãos subestimam a importância das instituições democráticas, particularmente a liberdade da mídia e a supervisão independente, na abordagem de corrupção e resposta a desastres.

Essa descoberta é especialmente relevante no contexto das Maurícias e jurisdições semelhantes, onde a confiança do público em instituições democráticas e mecanismos anticorrupção é frequentemente prejudicada por sistemas financeiros complexos e aplicação opaca. Os esforços para fortalecer as SAIs e regular os PSPs podem vacilar se os cidadãos não perceberem essas instituições como eficazes ou necessárias. Sob essa luz, melhorar a conscientização do público sobre o valor da governança transparente e a supervisão independente não é apenas uma necessidade política ou legal, mas uma ferramenta estratégica para reforçar a responsabilidade.

As descobertas de Acemoglu sugerem que os esforços de reforma nas Maurícias poderiam ser aprimorados por campanhas de informações paralelas direcionadas à compreensão pública do vínculo entre corrupção, instituições fracas e erosão democrática. É possível que os cidadãos com informações precisas possam mudar as percepções e aumentar o apoio para as reformas institucionais, aumentando a demanda por estruturas de responsabilidade mais fortes.

A luta contra a corrupção requer instituições fortes, incentivos alinhados e mecanismos de aplicação credíveis. O SAIS desempenha um papel fundamental na supervisão do setor público, mas seu impacto é amplificado por meio de parcerias com outras partes interessadas, particularmente prestadores de serviços profissionais. O caso das Maurícias ilustra os riscos e as oportunidades nesse domínio: embora os PSPs possam facilitar o sigilo e o abuso financeiros, eles também podem ser aliados poderosos na promoção da transparência se regulamentados. Fortalecer o papel das SAIs e incorporar PSPs no quadro de prestação de contas é crucial não apenas para a governança nacional, mas também para a integridade financeira global.

(Lee Thompson-Kolar editou esta página.)

As opiniões expressas neste artigo são do autor e não refletem necessariamente a política editorial do observador justo.

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