Nova pesquisa mostra pior avaliação negativa do governo Lula desde o início do mandato

Nova pesquisa mostra pior avaliação negativa do governo Lula desde o início do mandato

BAHIA

Presidente Lula – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

Os dados são da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (4), com margem de erro de 2 pontos percentuais, mostra que a desaprovação do presidente Lula subiu para 57%, o pior índice desde o início de seu terceiro mandato, enquanto a aprovação caiu para 40%, também a menor registrada até agora. Os números mostram estabilidade dentro da margem de erro em relação ao levantamento anterior, com 3% dos entrevistados sem opinião formada.

O estudo, encomendado pela Genial Investimentos e realizado entre 29 de maio e 1º de junho, ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais em todo o país. Entre os destaques, está a queda na percepção negativa da economia: 48% acham que ela piorou, contra 56% na pesquisa anterior. Ainda assim, a maioria avalia que seu poder de compra diminuiu no último ano.

O escândalo do INSS e o aumento do IOF impactaram a avaliação do governo. Para 31% dos entrevistados, a gestão Lula é a principal responsável pelos desvios de recursos no INSS, e 50% criticam a manutenção do aumento do imposto sobre compra de dólares. Felipe Nunes, diretor da Quaest, atribui a estabilidade a medidas populares, como a isenção de IR para ganhos de até R$ 5 mil, mas ressalta que o caso do INSS freou avanços.

No Nordeste, Lula recuperou vantagem, com 54% de aprovação contra 44% de reprovação. Já no Sudeste, a desaprovação atingiu 64%, o pior índice do mandato. Nas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte, os números oscilaram dentro da margem de erro, mantendo tendências anteriores.

A pesquisa ainda revela mudanças entre grupos de renda: entre os mais pobres (até dois salários mínimos), aprovação e desaprovação seguem empatadas, enquanto nas faixas mais altas a reprovação ainda lidera, mas com leve melhora na avaliação positiva. Para Nunes, o governo enfrenta o desafio de reverter os efeitos negativos de crises recentes enquanto tenta capitalizar sobre a melhora na percepção econômica.

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