Jerônimo Rodrigues destaca potencial da Bahia para o hidrogênio verde, mas alerta para desenvolvimento tecnológico local

Jerônimo Rodrigues destaca potencial da Bahia para o hidrogênio verde, mas alerta para desenvolvimento tecnológico local

BAHIA

Foto: Jesus Souza

Durante o Encontro Econômico Brasil-Alemanha, realizado nesta segunda-feira (16), no Senai Cimatec, em Salvador, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), comentou sobre as tratativas com empresas alemãs em torno do desenvolvimento da cadeia do hidrogênio verde no estado. Em entrevista, o petista destacou o grande potencial do estado no setor de energias renováveis, mas alertou para a necessidade de o Brasil avançar na produção de tecnologia própria.

“É uma área muito sensível. Para o hidrogênio verde acontecer, a gente precisa de outras fontes de energia, como a solar, a eólica, a biomassa. É uma frente que o Brasil ainda não domina completamente em termos de tecnologia”, afirmou.

Jerônimo defendeu uma integração mais forte entre universidades, centros de pesquisa, como o Senai Cimatec, e a Federação das Indústrias, para garantir não apenas a atração de empresas, mas também o fortalecimento da ciência e da inovação no estado.

“Temos um grande potencial em energia renovável, mas não queremos apenas comercializar energia. Queremos que as indústrias venham, se instalem, e desenvolvam suas bases tecnológicas aqui, gerando conhecimento, registrando patentes e formando mão de obra especializada”, disse.

O governador citou o município de Camaçari, na Região Metropolitana, que já abriga iniciativas voltadas ao hidrogênio verde. Segundo ele, a gestão está empenhada em negociações com empresas como a BYD e a Goldwind, para garantir que, desta vez, a Bahia aproveite melhor as oportunidades.

“Estamos trabalhando para criar um ambiente favorável para que essas empresas venham, mas também para que deixem um legado em ciência e tecnologia. O Brasil tem essas condições, e o Nordeste se destaca nisso. Não queremos repetir o passado, onde o atrativo era apenas a mão de obra barata. Hoje, o diferencial é a produção limpa, e nós temos isso”, finalizou.

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