Por Notícias da Bahia – Foto Reprodução/Portal Toda Matéria
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos decidiram reabrir a investigação sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), ocorrida em 1976. O caso, oficialmente tratado como um acidente de trânsito, será reexaminado diante de novas evidências que questionam a versão oficial. A expectativa é que a Comissão aprove a reabertura do inquérito em reunião marcada para esta sexta-feira (14).
JK morreu em 22 de agosto de 1976, quando o veículo em que viajava, um Opala, colidiu com uma carreta na Rodovia Presidente Dutra, após supostamente ter sido atingido por um ônibus da Viação Cometa. As investigações conduzidas durante a Ditadura Militar concluíram que o acidente foi fortuito, versão corroborada posteriormente pela Comissão Nacional da Verdade, em 2014, e por uma comissão externa da Câmara dos Deputados, em 2001.
No entanto, novas apurações levantaram dúvidas sobre a narrativa oficial. Comissões estaduais da Verdade de São Paulo e Minas Gerais, além da Comissão Municipal de São Paulo, apontaram indícios de sabotagem mecânica, intoxicação ou mesmo um tiro no motorista do ex-presidente, Geraldo Ribeiro.
Um inquérito do Ministério Público Federal (MPF), conduzido entre 2013 e 2019, descartou a colisão com o ônibus, mas concluiu ser impossível afirmar ou negar a hipótese de atentado, citando falhas graves nas investigações da época. Em depoimento em 2013, Josias Oliveira, motorista do ônibus, revelou ter recebido uma oferta em dinheiro para assumir a culpa pelo acidente.