O cenário político baiano para as eleições de 2026 começa a se desenhar com movimentações significativas dentro do Partido Social Democrático (PSD). O senador Ângelo Coronel, uma das principais lideranças da sigla no estado, tem expressado publicamente seu descontentamento com o governo de Jerônimo Rodrigues (PT) e sinalizado a possibilidade de reconfiguração das alianças políticas.
Em declarações à imprensa, Coronel afirmou:
“Eu não sou de escalar time de ninguém. Cada partido tem o direito de escolher seus filiados e colocá-los nas posições que acharem interessantes. O nosso partido ainda não se posicionou; vamos nos posicionar apenas em março do próximo ano. Acho muito infantil tratar das eleições com dois anos de antecedência. Eu sempre digo que o apressado come cru. Então, vamos esperar até março do próximo ano para que o partido tome uma decisão.”
Além disso, o senador tem se falado muito com o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), apontado como possível vice na chapa de ACM Neto (União Brasil) para o governo da Bahia. Essas movimentações indicam uma possível aproximação entre o PSD, PP e a oposição estadual.
A fusão entre o União Brasil e o Progressistas fortaleceu a pré-candidatura de ACM Neto, que já lidera as intenções de voto para o governo da Bahia em 2026. Segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada em fevereiro de 2025, ACM Neto aparece com 42% das intenções de voto, enquanto Jerônimo Rodrigues soma 38%, configurando um empate técnico dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais.
Além disso, há especulações sobre a participação do ex-ministro João Roma (PL), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, na chapa de oposição, possivelmente como candidato ao Senado.
Essas articulações refletem o descontentamento de parte do PSD com o atual governo estadual e indicam uma possível reconfiguração das alianças políticas na Bahia para as próximas eleições.
