Os parlamentares, que são grandes críticos das leis de incentivo à cultura, enviaram recursos para o documentário apesar de alegarem falta de transparência nesses mecanismos.
Os deputados bolsonaristas Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Mário Frias (PL-SP) e Marcos Pollon (PL-MS) enviaram R$860.896 em recursos públicos, por meio de emendas parlamentares, para a produção de um documentário intitulado Genocidas. O projeto é liderado por ex-membros da Secretaria Especial de Cultura do governo Jair Bolsonaro (PL). As informações apuradas são do site Uol.
De acordo com a reportagem, a verba, que é do Ministério da Cultura, foi quitada à Associação Passos da Liberdade, cujo canal no YouTube tem apenas um vídeo publicado e o site foi registrado duas semanas antes do empenho das emendas. O documentário tem como objetivo relacionar genocídios históricos na Europa com eventos atuais na América Latina.
A Passos da Liberdade é presidida por Rodrigo Cassol Lima, antigo número 2 da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Cultural. Também é membro do projeto Gustavo Chaves Lopes, ex-secretário nacional de Audiovisual, como diretor e produtor. O roteirista, Doriel Francisco da Silva, já produziu um documentário sobre Jair Bolsonaro, divulgado por Mário Frias e Eduardo Bolsonaro.
Veja o canal do Youtube, Associação Passos da Liberdade, que possui apenas um inscrito e um vídeo publicado a 11 meses: https://youtube.com/@passosdaliberdade?si=nSD9OfHG4cJEUsIf