O deputado estadual Robinson Almeida (PT) afirmou que as críticas de ACM Neto ao Partido dos Trabalhadores demonstram seu desconforto diante das investigações da Operação Overclean, que envolvem pessoas próximas ao ex-prefeito em um esquema de desvio de recursos públicos. As investigações, que já somam três fases, apuram irregularidades no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e teriam movimentado cerca de R$ 1,3 bilhão.
Entre os investigados estão Bruno Barral, ex-secretário de Educação de Salvador na gestão de ACM Neto, que teve propriedades vasculhadas na última fase da operação, e Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, preso em dezembro. As empresas de Moura mantinham contratos com a prefeitura de Salvador e outras administrações municipais ligadas ao União Brasil.
“O que vemos é um ACM Neto tentando desviar a atenção de um escândalo que atinge diretamente seu círculo político. Enquanto ele fala em perseguição, a Polícia Federal apresenta provas concretas de desvios que prejudicaram o combate à seca no Nordeste”, declarou Robinson Almeida. O parlamentar questionou ainda até onde as investigações podem chegar: “Na quarta fase, quem mais será alvo?”
Robinson destacou o contraste entre as ações do governo, que busca soluções para a seca, e os supostos desvios que teriam comprometido justamente os recursos para essas obras. “Enquanto o governo Lula e o governador Jerônimo trabalham para garantir água e dignidade ao povo nordestino, ACM Neto precisa explicar o papel de seus aliados nesse esquema que prejudicou tantas famílias”, afirmou.
O deputado classificou as críticas de ACM Neto à gestão de Jerônimo Rodrigues como uma tentativa de criar cortina de fumaça. “Enquanto o governador implementa políticas públicas, ACM deveria se preocupar em esclarecer sua relação com os investigados, em vez de espalhar informações enganosas”, concluiu Robinson, reforçando a necessidade de transparência sobre o caso.