Carlos Muniz diz que a greve dos professores virou um “problema familiar”

Carlos Muniz diz que a greve dos professores virou um “problema familiar”

BAHIA

Presidente da Câmara Municipal de Salvador Carlos Muniz – Foto Eduardo Tito

O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), falou na tarde desta quarta-feira (4) sobre a greve dos professores municipais, que completa 30 dias e deixou um total de 138 escolas da capital sem aulas.

Questionado pelo Notícias da Bahia sobre quais atitudes a Câmara pretende tomar para que os professores retornem à sala de aula, Muniz afirmou que a solução passa pela retomada do diálogo entre a categoria e a gestão municipal.

“Na realidade, a gente não precisa forçar, o que a gente precisa é de uma mesa de negociação. Eu, conversando com o prefeito, o prefeito já me disse: ‘Se os professores voltarem ao trabalho, se os servidores voltarem ao trabalho, vai existir essa mesa de negociação’. Nós estamos tentando fazer com que essa greve, que é ilegal pelo Judiciário, acabe o mais rápido possível, porque ela está deixando de ser um problema de professores, um problema do Executivo Municipal, para ser um problema familiar”, disse o vereador.

A greve ocorre no contexto da campanha salarial da categoria, que reivindica o pagamento integral do piso nacional do magistério. A prefeitura alega que a maioria dos professores já recebe acima do piso. Em nota anterior, a gestão municipal informou que apresentou, em 29 de abril, uma proposta de reajuste linear de 4%, que foi recusada pela categoria.

Segundo a APLB-Sindicato, a proposta foi considerada insuficiente para alcançar o valor estabelecido pela Lei do Piso do Magistério. O piso nacional foi fixado em R$ 4.867,77 para o ano de 2025, conforme portaria publicada pelo Ministério da Educação (MEC) no dia 31 de janeiro.

O presidente da Câmara também comentou os impactos da paralisação para as famílias dos alunos. “Ela deixa de ser um problema educacional, está virando um problema familiar. Quando você tem mães que não têm onde deixar seus filhos, com isso não podem trabalhar, isso aí está virando um problema familiar e nós temos que resolver isso aí o mais rápido possível”, afirmou.

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