A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) desembarcou na Itália, na quinta-feira (5), antes de seu nome ser incluído na difusão vermelha da Interpol, conforme apurado pelo blog da jornalista Natuza Nery, do G1.
Fontes confirmaram que a parlamentar chegou a Roma às 1h16 da madrugada (horário local), após embarcar em Miami, nos Estados Unidos, às 19h22 de quarta-feira (4).
Zambelli deixou o Brasil após ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), acusada de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão forjado contra o ministro Alexandre de Moraes, no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
A inclusão de seu nome na lista da Interpol ocorreu na manhã desta quinta (5), já depois de sua chegada à Europa. Agora, Zambelli é considerada foragida da Justiça brasileira e está alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pelo STF.
Além da condenação, a deputada responde a um novo inquérito no Supremo, aberto na quarta-feira (4), por suposta coação no curso do processo e obstrução de investigação relacionada a organização criminosa.
A nova apuração foi motivada por declarações feitas por Zambelli em entrevista, na qual afirmou que pretende atuar, desde a Europa, contra o Supremo Tribunal Federal.
Licença do mandato aprovada
Na noite de quinta-feira (5), a Câmara dos Deputados autorizou a licença de 127 dias solicitada por Carla Zambelli. O afastamento, pedido no dia 29 de maio, contempla sete dias por motivos de saúde e 120 dias por interesse particular, sem remuneração. O suplente Coronel Tadeu (PL-SP) assume a vaga temporariamente.