O senador Angelo Coronel (PSD-BA) reafirmou nesta sexta-feira (24) sua pré-candidatura à reeleição ao Senado nas eleições de 2026, defendendo a autonomia partidária e descartando a formação de “chapa puro sangue” — referência à imposição de alianças fechadas entre partidos.
“Estão me querendo, né? Significa que está dando para fazer alguma coisa com o meu nome”, disse Coronel, em tom bem-humorado. Apesar da movimentação em torno do pleito, ele minimizou a necessidade de antecipar decisões: “Só se toma atitude quando a hora exige. Não precisa se exacerbar”.
O senador ressaltou que sua pré-candidatura é praticamente unânime dentro do PSD baiano, sendo construída em conjunto com a direção estadual do partido, parlamentares e prefeitos. “Eu sou homem de partido”, afirmou.
Coronel também comentou, sem citar nomes diretamente, a possível disputa interna na base do governo para a vaga ao Senado. Ele reiterou que não irá interferir nas decisões de outras legendas, como o PT, mas frisou sua posição contrária a duas candidaturas da mesma coligação.
“Não existe nenhuma briga, existe cada um defendendo suas convicções. Eu defendo a minha candidatura à reeleição pelo PSD, o Magno deve estar defendendo a dele. Isso é natural, é democrático”, afirmou.
O parlamentar defendeu ainda que partidos tenham liberdade para lançar suas próprias candidaturas, mesmo que não sigam a mesma chapa majoritária ao governo. “Eu ainda tenho uma tese que todo partido deve ter suas candidaturas próprias. Um senador pode estar num grupo e optar por outro candidato ao governo. Isso é democracia”.
Coronel finalizou dizendo que o momento é de cautela: “Vamos esperar mais seis ou sete meses, fechar o ano, para que a coisa fique mais clara”.
