Hassan, sobre possíveis novos preços em pedágios de BRs na BA: 'sair de algo ruim para muito pior'

Hassan, sobre possíveis novos preços em pedágios de BRs na BA: ‘sair de algo ruim para muito pior’

BAHIA

O deputado estadual Hassan manifestou preocupação com os termos apresentados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para a nova concessão das BRs 324 e 116, na Bahia.

Segundo ele, o novo modelo pode dobrar o número de praças de pedágio e elevar o valor cobrado por trecho para até R$ 25 — cenário que, para o parlamentar, representa um retrocesso para os baianos.

“Nos causa espanto e apreensão. O número de cabines de cobrança pode subir de sete para 14 praças entre Salvador e a divisa com Minas Gerais. Isso é inaceitável”, afirmou o deputado.

As críticas foram feitas após a realização de três audiências públicas da ANTT no estado: em Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista. Segundo Hassan, a divulgação desses encontros foi limitada, o que dificultou a participação da sociedade civil, parlamentares e prefeitos das cidades impactadas.

O deputado também questionou o cronograma de investimentos previsto na futura concessão. Ele alertou que, conforme o modelo apresentado, a nova empresa poderia cobrar pedágio por dois anos antes de iniciar as obras de melhoria nas rodovias.

“É um absurdo a empresa receber sem investir. Isso não pode acontecer. A ViaBahia já foi um desastre, e não podemos permitir que um novo contrato seja ainda pior”, criticou.

Com o fim do contrato da ViaBahia previsto para 14 de maio, a gestão das rodovias será assumida temporariamente pelo DNIT e pela própria ANTT, com previsão de investimento de R$ 600 milhões em manutenção emergencial.

Hassan garantiu que levará o debate ao Ministério dos Transportes e buscará o apoio da bancada federal baiana para impedir que o novo modelo penalize a população.

“Lutamos por 15 anos para nos livrar da ViaBahia. Agora, queremos um modelo justo, transparente e que beneficie o povo baiano. Não podemos aceitar que a solução seja mais onerosa e ineficaz do que o problema que enfrentamos até agora”, concluiu.

 

Foto: Jesus Souza

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