O senador Otto Alencar esteve presente na sessão solene da Assembleia Legislativa da Bahia, nesta sexta-feira (14), que concedeu o Título de Cidadão Baiano para o ministro do STF, Dias Toffoli e para o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Em conversa com a imprensa o senador Otto Alencar (PSD-BA), disse que como presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, pretende votar a mudança no Código Eleitoral Brasileiro para por fim as eleições que são realizadas de dois em dois anos e também o fim da reeleição no Brasil.
“Para votar na Comissão de Construção e Justiça, o fim da eleição de dois a dois anos e no fim da reeleição, para estender o mandato até cinco anos, com eleição única de vereador a presidente da República. Eu, há muito tempo no Senado, tenho procurado aprovar essa matéria, caminhar essa matéria, não tenho tido sucesso, agora na presidente da CCJ, acho que vamos conseguir, pelo menos no Senado, aprovar. Vai ser um benefício ao Brasil”, defende o senador.
O senador baiano ainda prevê um cenário caótico para o Congresso brasileiro caso as mudanças nas regras eleitorais não ocorram.
“Ou o Congresso Nacional, aí eu falo Câmara e Senado, acaba com a eleição de dois a dois anos e acaba com a reeleição, ou a eleição de dois a dois anos vai acabar com o Congresso. Porque a população não vai aceitar o que tem acontecido no Brasil nos últimos anos com a eleição de dois a dois anos. Nós tivemos eleição para governador em 2022, em 2024 outra eleição, em 2026 para governador. São três eleições em quatro anos, o que significa dizer três fundos eleitorais em quatro anos. Cada fundo eleitoral desses, cinco bilhões de reais. A população vê que é um gasto que podia ser evitado para fazer de cinco em cinco anos. É uma economia para o Brasil que poderia servir para outros investimentos, saúde, educação e outras atividades que são inerentes à necessidade social do povo”, questiona Otto Alencar que também é presidente estadual do PSD da Bahia.
Otto no entanto lembra que o modelo de governo com cinco anos foi utilizado por Juscelino Kubitschek e avaliou como positivo a gestão de JK.
“Eu acho que é um caminho, eu tenho um exemplo do Brasil sobre isso. Juscelino Kubitschek foi presidente do Brasil por cinco anos, fez 50 anos em cinco. Até hoje as marcas de JK estão Brasil afora. Se você vai para o Nordeste brasileiro, o JK criou a Sudene, que foi o órgão que desenvolveu o Nordeste. Se você vai na questão de recursos hídricos, ele fez os principais açudes do Nordeste. Açude de Orós, da Gargalheira e Pernambuco, vários investimentos em cinco anos”.
“Fez a estrada Belém-Brasília, ele desbravou o Brasil, levou o Brasil para o Oeste brasileiro em cinco anos. Então é perfeitamente viável se governar em cinco anos e cumprir a missão de governar bem tanto os estados, como os municípios, como o governo federal”, concluiu o senador.